Está chegando a hora! Na próxima sexta-feira, 9 de fevereiro, às 18h, nas escadarias da prefeitura, o prefeito Sérgio Azevedo entregará a chave simbólica da cidade para o Rei Momo, Marquinho Oliveira, dando início aos festejos carnavalescos de 2024. Tradicionalmente, a cerimônia de entrega da chave é comandada pela Charanga dos Artistas e seus bonecos gigantes, com a animação da Banda do Miguelzinho.
Após a entrega da chave ao Rei Momo, a Charanga segue em cordão até o Parque José Affonso Junqueira. No palco atrás do Palace Hotel, a partir das 19h, muita música com DJ Chocolate e o pagode da banda Daquele Jeito, às 21h.
O Rei Momo Marquinho Oliveira, autoridade máxima do Carnaval poços-caldense pela 11ª vez, fala da reta final dos preparativos. “É com muita alegria e muita honra que nos preparamos para o meu 11º reinado, com vontade e disposição para fazer um Carnaval com muita paz, alegria e folia. A ansiedade está a mil nos preparativos, junto com a Charanga dos Artistas e prefeitura, para fazer um belo Carnaval para os moradores e turistas que visitam a nossa cidade durante esse período”, destaca ele, que já carregou a coroa nos anos de 2007, 2009, 2010, 2012, 2013, 2014, 2018, 2019, 2020, 2023 e, agora, está prestes a dar início a mais um reinado de Momo.
Quem acompanha a movimentada rotina do Rei Momo durante o Carnaval, com a participação em praticamente todos os eventos da intensa e extensa programação, esbanjando alegria, carisma e samba no pé, não imagina que ele, um dia, já foi uma criança tímida. “Quem me conhece desde pequeno sabe como eu era tímido. Nunca imaginei na minha vida chegar a ser Rei Momo, ainda mais por 11 vezes”, conta Marquinho Oliveira. Ele aproveita para agradecer a família e amigos pelo apoio e também para parabenizar os integrantes da Escola de Samba Saci-pô, que completa 50 anos em 2024.
Momo
Uma das figuras mais emblemáticas do carnaval, o Rei Momo é o símbolo da irreverência na folia. A origem do nome da majestade da festa remonta à mitologia grega, à deusa Momo, personificação da ironia. Desde o século XVI, encontram-se referências ao Rei Momo em celebrações na Espanha. Ele aparece também como rei da folia em diversas tradições nos séculos seguintes. A primeira personificação do Rei Momo no Brasil é de 1910, em uma opereta de Benjamin de Oliveira.
Mas foi somente na década de 1930, que o Rei Momo despontou como a figura carnavalesca que conhecemos na atualidade. Em 1933, um grupo de jornalistas do periódico A Noite, do Rio de Janeiro, criou um boneco de papelão para desfilar pela então capital da República e, ao fim, ser coroado em um trono e liderar a folia. No ano seguinte, a equipe decidiu substituir o boneco de papelão por uma pessoa real: o cronista Francisco de Moraes Cardoso. Seu reinado momesco durou até sua morte, em 1948. A tradição do Rei Momo se solidificou no Rio de Janeiro e se espalhou para outras cidades do Brasil, como Poços de Caldas.